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terça-feira, abril 12, 2011

Livro: Luís XVI

Sinopse: Aos dezesseis anos ele se casou com Maria Antonieta. Aos vinte foi coroado rei da França. Tinha vinte e um quando começou a guerra da Independência nos Estados Unidos; trinta e cinco quando eclodiu a Revolução Francesa e apenas trinta e nove no ano de sua decapitação. Louis XVI (1754-1793) certamente não nasceu para o papel de monarca que o destino lhe impôs. Seu reinado passou para a história como uma sucessão de erros. Este "rei à força" - parafraseando Molière - se revelou nas enérgicas decisões tomadas para ajudar a América a se tornar independente ao mesmo tempo que tentava abrir a monarquia francesa a idéias novas. Infelizmente para Luís XVI, como disse Tocqueville, a história não perdoa os regimes fortes que aceitam se entregar.
Autor: Bernard Vincent || Skoob || Compre 
"Regenerador da liberdade pública, restaurador da propriedade nacional, pai do povo francês."
Mais uma resenha atrasada. Esta era para o Desafio Literário do mês de Fevereiro, tema Biografias. E estava naquela crise existencial e nem consegui publicar a resenha. E olha que gostei demais do livro. E eu fiquei super impressionada com a história de mais um rei.... no fundo estava torcendo para nem curtir tanto. Não queria trair meu Henrique VIII ahahhaahah.

E são justamente 2 opostos.. e foram 2 reis brilhantes. Ok.. mas nada de Inglatererra e Henrique dessa vez. Falarei apenas do rei Luís XVI e a França.
"A sabedoria diz que devemos desconfiar das aparências e que não se mede o valor de uma criança pelo barulho que ela faz ou pega arrogância que demonstra. (...) as crianças ativas, ousadas e loquazes devem ser hábeis (...) sua vivacidade torna-se frequentemente aborrecida e inoportuna; elas deixam de ser pessoas honestas quando chega o momento de sê-lo. (...)seria injusto julgar mal essas crianças que vemos envergonhadas em grupo, que só falam quando as provocamos (...). Elas geralmente escondem mais 'senso e julgamento' do que se poderia crer, e convém 'esperar algo delas'."
Minha admiração por ele começa desde criança. Sua aparência de frágil, mas com inteligência já fora do comum..... desde cedo apenas conhecido como o irmão do Delfim (nome dado ao primogênito na França). Sempre apoiando seu irmão mais velho. Apesar de ser um tanto menosprezado. Sua vida começa a ter grandes mudanças quando o irmão sofre uma queda, e passa a correr risco de vida. Mesmo de cama e nas últimas, o irmão é inspiração para ele, pois é corajoso e continua assumindo sua condição de futuro rei. Sua morte gera um impacto profundo ao pequeno Luís, que passa a assumir a nova responsabilidade. É planejado também o seu casamento, a escolhida foi Maria Antonieta (mais uma que sempre me interessei em conhecer mais).
"(...) se Luís XVI devia até então sua  coroa ao seu nascimento, 'hoje o senhor a deve somente a vossas virtudes'"
E foi realizado o casamento de Luís (estava com 15 anos, apesar do que diz na sinopse) e Maria (14). E como todo casamento real... todo tipo de história e boatos foi envolvido nele. Mas o que irei realmente destacar foi o respeito que Luís sempre apresentou para com Maria Antonieta. Muitos consideravam isso com um aspecto machista. Eu peguei uma certa raiva por ela.. ou é apenas daquelas pessoas que amamos odiar. Mas realmente posso culpá-la? O que adiantava nascer mulher e bocó? Precisava ser inteligente, mas com classe e charme. E discreta, lógico. Apesar de toda minha admiração pela pessoa do Luís XVI, meu lado feminino não consegue ficar quieto rs.
"(...) Luís XVI, fiel a seus princípios morais mais arraigados, não quisera restabelecer a ordem a qualquer preço e salvar a monarquia mandando atirar no povo. Cruel destino, seguramente, o de um rei que, por fraqueza ou por honra, logo pagaria com seu sangue a recusa de derramar o de seus súditos."
Não sei se posso falar de justiça.. não sei se o autor foi imparcial. Se foi e ainda sim tudo aconteceu da forma como transcreveu faz eu me sentir ainda pior. A biografia finaliza muito bem quando diz que para a França conseguir sua 'liberdade', a república que é tão apegada hoje em dia, necessitava de um 'sacrifício fundador', porém a injustiça está na escolha do sacríficio. Mataram justamente o mais humano e menos imoral dos reis.. e perseguiram sua família, como uma forma de vingança por tudo que o 'povo' precisou passar desde que a monarquia foi instaurada. 
"Não tendo nem o coração de Nero, nem a alma de Calígula (...)"
Deixaram seu filho preso.. sozinho e órfão aos 8 anos para morrer.. não consigo não me comover ao tentar imaginar o sofrimento desta criatura indefesa.. e a tristeza de imaginar Luís XVI escrevendo seu testamento e falando se o "seu filho tiver o azar de tornar-se rei" :-/ ... Fala muito de política todo o decorrer da história.. para quem não entende tanto precisa se concentrar mais nessa parte... porém foi importante para entender todas as modificações e troca de poder que a França se fez passar... e sinceramente não acho que seja para melhor ou pior... falemos francamente.. quem que está no poder realmente pensa no melhor para o conjunto? Eles querem apenas o que o poder proporciona.... melhorar seus privilégios.. aumentar riquezas.. isso não foi para a liberdade de nada.. pois vemos que o mundo continua a mesma droga de sempre.. infelizmente sempre existirão as pessoas ruins.. e elas que sempre farão parte do poder.. Não ganha o melhor.. ganha quem fala melhor.. manipula melhor.. O dom da fala.. usado tão levianamente. E agora estou triste demais para continuar a escrever (sim no momento que escrevi ao terminar de ler o livro.. eu chorava demais. Odeio injustiças e para mim isso foi uma..e agora editando para postar,os mesmos sentimentos voltam e a vontade de chorar também).
"(...) o destino se equivocara ao fazer rei, na cruel era das revoluções, um homem concebido para a felicidade e os prazeres simples, para o amor dos seus e de seus súditos, para a paixão das ciências e das técnicas, para a preocupação de espalhar o bem, para o ódio ao sangue derramado - um homem mal feito para enfrentar, apesar de sua coragem, seu senso de dever e de sua dignidade, as violências inexoráveis da história. Mas quem, nas mesmas condições, com exceção talvez de Nero e Calígula, teria feito melhor que ele?"
Arte do livro / Capa e interior ★★★
Tempo de leitura / Narrativa
Objetivo / Impacto 

10 comentários:

  1. Eu não consigo admirar ninguém desse período Medieval, colonial sei lá... sempre quando penso em reis, burguesia e tal eu lembro do sofrimento do povo na mão dessas pessoas, onde só a burguesia era abastada enquanto o povo vivia na miséria...

    E sério, quando olho pra essas fotos deles morro de rir...

    Mas seu post ficou muito bem feito...

    HUGS =D

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  2. Confesso que não gosto de biografias, mas fiquei MUITO interessada.

    Esse nosso gosto por períodos históricos vai nos levar a falência, rs.

    Bjs

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  3. A história da França sempre me atraiu muito, bem mais do que a da Inglaterra. O livro parece muito bom, pelas passagens acho que tem uma narrativa fluida e fácil de compreender. Fiquei muito curiosa e com vontade de ler, pena que não sei quando vai ser isso.

    Bjkas!!
    Monique

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  4. ate que aprendi algo novo aqui, o de quem é que chamavam de delfim..

    hehe que historia tragica.. quem sabe algum dia de pra ler alguma biografia assim, eu gosto de historia mas nao de biografias sabe.. hum, beijos =)

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  5. Olha, eu não curto muito esse tipo de livro.
    Mas como você gosta tanto de rei Henrique e agora é vez do Luís, talvez eu dê uma chance a esses livos :)
    E fiquei chocada com o que aconteceu com o filho desse rei, muita crueldade com ele e sua família :(

    Bjus.

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  6. Não gosto muito desse tipo de livro, mas gostei bastante deste em especial. Talvez eu o leia algum dia.

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  7. Daqui a pouco vou gastar todo meu dinheir com livros históricos, rs.
    Essa semana ganhei no twitter esse aqui: Livro - Messalina, a imperatriz lasciva, da editora geração books...vc conhece?

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  8. hahahha torcendo pra nem gostar tanto pra não trair o Henrique VIII! kkkk
    Olha, não sou muito fã de biografias... não é muito meu estilo! Mas essa parece ser boa! E eu acho que tenho que começar a acabar com esse meu preconceito por biografias e começar a ler alguma... Tenho uma da Stephenie Meyer aqui, talvez comece por esta! o/

    Beijinhos
    Camila Candomil - @CamilaCandomil
    Seleção Literária
    http://selecaoliteraria.blogspot.com

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  9. Você lê tantos livros da história da Ingleterra que até me deu curiosidade de ler alguns.
    Mas teria que ir nos sebos do centro da cidade procurar e por enquanto não rola...

    Eu adoro História de qualquer forma.

    Lembro que minha professora de história falava nas aulas de Revolução Francesa: de que não podiam deixar ninguém vivo nas famílias porque mesmo crianças crescem e se vingam.

    Bye

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  10. Seu gosto histórico é muito bom, afinal se conhece o presente estudando o passado, e realmente só tinha poder quem sabia usar as palavras, e pra mim é assim até hoje, eles esqueceram na época e nos dias de hoje, de usar o dom da conquista pelas palavras para mover o mundo para o lado certo e justo. Mas voltando a sua resenha, saiba que ficou emocionante e bem estruturada, parabéns...beijokas elis!!

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