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sexta-feira, setembro 02, 2011

Livro: A Vida em Tons de Cinza

Sinopse: Lina Vilkas é uma lituana de 15 anos cheia de sonhos. Dotada de um incrível talento artístico, ela se prepara para estudar artes na capital. No entanto, a noite de 14 de junho de 1941 muda para sempre seus planos. Por toda a região do Báltico, a polícia secreta soviética está invadindo casas e deportando pessoas. Junto com a mãe e o irmão de 10 anos, Lina é jogada num trem, em condições desumanas, e levada para um gulag, na Sibéria. Lá, os deportados sofrem maus-tratos e trabalham arduamente para garantir uma ração ínfima de pão. Nada mais lhes resta, exceto o apoio mútuo e a esperança. E é isso que faz com que Lina insista em sua arte, usando seus desenhos para enviar mensagens codificadas ao pai, preso pelos soviéticos. A vida em tons de cinza conta a história de um povo que perdeu tudo, menos a dignidade, a esperança e o amor. Para construir os personagens de seu romance, Ruta Sepetys foi à Lituânia a fim de ouvir o relato de sobreviventes dos gulags. Este livro descreve uma parte da história muitas vezes esquecida: o extermínio de um terço dos povos do Báltico durante o reinado de horror de Stalin. Para Estônia, Letônia e Lituânia, essa foi uma guerra feita de crenças. Esses três pequenos países nos ensinaram que a arma mais poderosa que existe é o amor, seja por um amigo, por uma nação, por Deus ou até mesmo pelo inimigo. Somente o amor é capaz de revelar a natureza realmente milagrosa do espírito humano.
Autor: Ruta Sepetys || Skoob || Comprar
Acredito que seja um livro que não chame atenção logo de cara para a maioria das pessoas. Aquela leve impressão que será algo maçante, mesmo com uma sinopse interessante. Quando vi que ele não era tão grosso, confesso que deu uma animada... e mal sabia que isso voltaria contra mim rs rs rs.
"É preciso defender o que é certo sem esperar gratidão nem recompensa."
Acompanhamos uma parte da vida de Lina, exatamente como vemos na sinopse, fica impossível não se emocionar ao passar as páginas desse livro. Capítulos curtos, de um livro curto, mas uma história intensa, de personagens profundos, muita história, emoção, sofrimento. E também com muita luta e esperança. Além das descrições marcantes, dos agonizantes meses passados por ela, a família e demais deportados. E pensar que realmente alguém (muitos na verdade) presenciou e sentiu na pele aquilo. É aterrorizante!

Às vezes tento fugir desses relatos, mas não podemos fugir da verdade. Parece ficção, mas aconteceu... e apesar de termos muito mais notícias (eu pelo menos) sobre o terror de Hitler, não tivemos só ele de tirano no mundo e até na mesma época. Como pode ter acontecido? Como podem ter deixado acontecer? E como ainda alguém conseguiu sobreviver? De onde vem essa força e coragem?
"Mas não havia lógica alguma. A psicologia de terror de Stalin parecia ter por base o fato de nunca se saber o que esperar."
No livro temos as várias facetas e reações que um humano poderia refletir... a mais aceitável/comum seria de revolta ou injustiça ou egoísmo e até a descrença (ou tudo isso junto) que podemos observar na 'mulher ranzinza' e 'homem careca'. Apesar de serem irritantes em vários momentos, realmente não podemos culpá-los, né? Mas também temos o outro lado, o da esperança, amor e principalmente solidariedade. Todos esses traços percebemos em Elena, mãe de Lina. Incrível a força e bondade da mulher.. por mais que nem tivesse o suficiente para ela e os filhos, ela jamais deixava de dividir com os até então desconhecidos. Talvez por saber que ninguém pediu para estar naquela situação e que o importante era ficarem unidos e garantir a sobrevivência do todo. E não passará em branco isso.. acabará gerando frutos onde menos se espera.
"Não dê nada eles, Lina, nem mesmo seu medo."
Você fica preso na leitura até o fim.. eu li em 1 dia!! Quando acaba, você quer mais. Um livro com uma adolescente vivendo uma história séria e adulta. Precisando amadurecer cedo e aprendendo a lutar pela vida. Ainda sim sobrando espaço para mostrar um possivel romance (fofo!) e as dúvidas que cercam uma jovem de 16 anos. Nem tudo foi pesado, tinha os momentos sutis que nos colocavam um sorriso no rosto. 
"Espero que levem você a fazer alguma coisa, a contar a alguém. Somente então poderemos ter certeza de que esse tipo de mal jamais voltará a se repetir."
Mas é tudo muito real, sem cortes, como de fato um relato sobre a Guerra deve ser. Não adianta tentarmos mascarar e romancear o inferno...ele precisa ser mostrado da maneira mais fiel possível, assim sempre ficará vivo em nossos olhos, memória e coração. Não permitindo jamais o seu retorno. Preciso destacar também a explicação da autora no final, orientando aos que não conhecem a história e contando sobre a realidade existente no contexto do livro. Imperdível!
"Mas a maioria dos povos bálticos não guarda mágoa nem rancor. São gratos aos soviéticos que mostraram compaixão. Valorizam sua liberdade e estão aprendendo a viver com ela." 
 Arte do livro / Capa e interior ★★★★
Tempo de leitura / Narrativa
Objetivo / Impacto 


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